Produção industrial cresce em junho, mas fecha o 1º semestre 1,4% abaixo do nível pré-pandemia

 



A produção industrial avançou 0,1% em junho e engatou o segundo mês seguido no campo, de acordo com dados revelados nesta terça-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

O desempenho positivo, no entanto, ainda não é suficiente para o setor recuperar as perdas recentes e se encontra 1,4% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, último mês sem os impactos da pandemia na economia nacional. 

No ano, o acumulado da indústria é de retração de 0,3%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses foi de acréscimo de 0,1%, segundo dados da PIM (Pesquisa Industrial Mensal). Na comparação com junho de 2022, o avanço é de 0,3%.

André Macedo, analista responsável pela pesquisa, explica que o resultado de junho mostra uma manutenção no campo positivo, embora com uma taxa muito próxima da estabilidade. "Esses dois meses de alta em sequência não revertem a perda de abril, quando a taxa foi negativa em 0,6%”, diz ele.

A produção industrial nacional, ao recuar 0,3% no primeiro semestre do ano, permaneceu com taxa negativa, mas reduziu a intensidade de perda frente ao fechamento dos quatro primeiros meses de 2023, quando havia recuado 1%. Contudo, esse movimento não foi visto em todas as grandes categorias econômicas.

Atividades

Na passagem de maio para junho de 2023, somente uma das quatro grandes categorias econômicas e sete dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram crescimento na produção. A maior influência positiva nos grupos de atividades veio de indústrias extrativas, que avançaram 2,9% em junho, depois de terem crescido 1,4% em maio.

O ramo das indústrias extrativas é um dos poucos que estão acima do patamar pré-pandemia, com 7% de alta ante o nível de fevereiro de 2020. "São cinco taxas positivas em seis meses, influenciadas pelo avanço na extração de petróleo e minérios de ferro”, afirma Macedo.

Outros setores que contribuíram para o resultado de junho de 2023 foram confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,9%), de produtos de borracha e de material plástico (1,2%) e de produtos de metal (1,2%).

Já entre as 16 atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-4%) e máquinas e equipamentos (-4,5%) exerceram os principais impactos.

Fonte:R7