Professora estava fazendo a chamada quando foi esfaqueada, diz aluno

 



Por Agência Estado

27 de março de 2023, às 17h12 • Última atualização em 27 de março de 2023, às 18h19

Um estudante de 13 anos que estava na sala de aula da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que ministrava aulas de ciências quando o ataque começou na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, falou sobre o que viu. “Eu estava falando com ela, a professora estava fazendo chamada”, afirma.

Elisabeth morreu na manhã desta segunda-feira, 27, após ser esfaqueada por um adolescente de 13 anos. Outras quatro pessoas, três professores e um aluno, ficaram feridas, segundo o governo de São Paulo.

Uma professora morreu por conta do ataque nesta segunda – Foto: André Ribeiro / Futura Press / Estadão Conteúdo

Ele conta que, logo no início da manhã, o aluno que cometeu o atentado entrou na sala com uma máscara de caveira e desferiu golpes nas costas da professora. “Parecia que ele estava com uma faca de cozinha, era preta”, disse. “Sabe o atentado de Columbine? Ele estava com uma máscara assim”, afirmou ele se referindo ao ataque em escola dos Estados Unidos em 1999.

Apavorados, os alunos saíram correndo para o pátio da escola e tiveram que se esconder pelos cantos, já que o portão estava fechado. “Nesse momento, eu caí e acabei machucando meu pé”, afirma o aluno. Ele saiu da escola mancando e com um pé descalçado.

Pais de estudantes ouvidos pela reportagem contam que teriam ocorrido brigas entre alunos na última semana. O autor dos ataques teria sido um dos envolvidos e a professora Elisabeth, vítima do atentado, uma das que separaram os conflitos. O alvo principal do autor do atentado não foi escola nesta segunda, segundo esses relatos.