Nesta sexta-feira (30), Ucrânia e as tropas da Rússia trocaram acusações sobre um bombardeio contra um comboio de carros civis no limite entre a zona ucraniana e a região ocupada de Zaporizhzhia, no sul ucraniano, ataque que deixou pelo menos 25 mortos e 50 feridos, segundo as autoridades ucranianas.
As forças de ocupação russas também informaram que um funcionário do governo da região vizinha de Kherson, ligado a Moscou, morreu em um bombardeio ucraniano.
Parcialmente sob controle russo, Kherson e Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, são duas das quatro regiões que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pretende anexar nesta sexta-feira.
"O inimigo executou um ataque com foguete contra um comboio humanitário de civis, pessoas que estavam na fila para seguir até a zona temporariamente ocupada, encontrar parentes, receber ajuda", afirmou no Telegram o governador ucraniano da região, Oleksandr Starukh.
De acordo com a presidência ucraniana, 16 mísseis S-300 russos caíram na região, armas terra-ar que os russos também utilizam para atacar em terra.
O bombardeio aconteceu na área da cidade de Zaporizhzhia, relativamente próximo do ponto de passagem entre a parte da região controlada pelos ucranianos e a zona ocupada pelo Exército russo.
Uma fonte do governo russo acusou as tropas ucranianas de atacar os veículos para impedir que esses civis entrassem na zona ocupada.
"As forças ucranianas atacaram nosso povo, que estava em uma fila", acusou um comandante da ocupação regional, Vladimir Rogov.
"O regime de Kiev está tentando retratar o que aconteceu como um bombardeio das tropas russas, recorrendo a uma provocação hedionda", disse.
Os dois lados divulgaram imagens de cadáveres e de carros destruídos no ataque.
Em Kherson, um funcionário da ocupação russa morreu na quinta-feira (29) à noite em um bombardeio ucraniano, anunciaram as autoridades locais.
Alexei Katerinichev, um dos comandantes da segurança na região, morreu em um "bombardeio preciso" das forças ucranianas, com dois mísseis lançados por um sistema Himars contra sua residência, informou Kirill Stremoossov, vice-chefe da região controlada por Moscou, citado pela agência russa de notícias TASS.
Fonte:R7