Funcionários da Santa Casa de Araraquara fizeram um ato, no final da tarde da última terça-feira (19), para alertar a importância do hospital para a população. De mãos dadas, eles "abraçaram" a unidade.
Em Matão, autoridades e funcionários do Hospital Municipal Carlos Fernando Malzoni também se reuniram em prol do hospital.
O ato chamado de "Chega de Silêncio" chama atenção para a situação dos 1.824 hospitais filantrópicos do Brasil, e pede apoio da população para a manutenção dos atendimentos.
"É um movimento de sensibilização para que as pessoas entendam o trabalho fundamental destes hospitais. São entidades privadas, que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas que enfrentam uma grave crise financeira", explicou Rogério Bartkevicius, diretor geral da Santa Casa de Araraquara.
De acordo com a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicas (CMB), que idealizou a campanha, a principal causa da crise e do endividamento das instituições é o subfinanciamento do SUS.
A entidade afirma que, desde 1994, a tabela SUS teve reajuste de 93,77%, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no período, aumentou 636,07%.
Segundo a CMB, por causa do subfinanciamento do SUS, de 315 hospitais foram fechados nos últimos seis anos, o que impactou em uma redução de 7 mil leitos no atendimento da população no Brasil.
"Nós tivemos ao longo de mais de 20 anos, o aumento de medicamentos, salários e da expectativa de vida das pessoas", apontou Rogério Bartkevicius.