Veneno de rato é encontrado em corpo de professor morto no DF, aponta laudo da polícia



Professor de uma escola pública de Brasília teve morte por envenenamento confirmada pela Polícia Civil do Distrito Federal, após laudo indicar presença de chumbinho em seu corpo. Segundo o delegado Laércio Rossetto, da 2ª Delegacia de Polícia, a substância aldicarb foi encontrada em vômito e sangue do servidor público, que morreu cinco dias após ser internado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) na quinta-feira, 30. As informações são do portal de notícias G1.
Parentes alegam que Odailton Charles Albuquerque Silva, de 50 anos, teria passado mal após tomar um suco de uva, supostamente oferecido por uma colega no Centro de Ensino Fundamental. "As pessoas que nós ouvimos disseram que tinha um suco de uva na geladeira, mas esse suco não estava lá no dia do fato, segundo provas testemunhais. Um dos vigilantes que esteve o maior tempo com a vítima não relata o suco de uva", afirma o delegado.

A vítima teria mencionado suco de uva em série de áudios enviados para amigos. Nas gravações, ele suspeita que pode ter ser sido envenenado por uma colega. “Não é brincadeira não. Eu tomei um negócio e estou passando mal mesmo. Será que essa desgraçada me envenenou, rapaz?”, diz trecho do áudio transcrito pelo G1. A colega que teria oferecido o líquido nega e, assim como um vigilante, afirma ter visto o professor tomar dois comprimidos.
De acordo com a perita Flávia Pine Leite, do Instituto de Criminalística, a substância aldicarb é altamente tóxica, de efeito rápido e tem venda proibida. O material foi encontrado em vômito do professor. Segundo o delegado Laércio, esse pode ser um indicativo de que houve a ingestão. O primeiro exame de sangue feito no hospital também apresentou a substância.
A Polícia Civil já descartou possibilidade de morte natural e afirma que "o quebra-cabeças ainda está sendo montado". Além do aldicarb, os peritos também encontraram traços de relaxante muscular nos materiais biológicos de Odailton. No entanto, sem traços do suco. Segundo o delegado Rossetto, o celular da vítima e de mais uma pessoa foram apreendidos. A colega que teria oferecido o suco ao professor também prestou depoimento. Caso segue em investigação.

Fonte:opovo